Tive uma namorada que era um vulcão. Seu furor e curiosidade sexual não permitiam qualquer rotina. Cada dia me vinha com uma novidade, as mais alucinadas possíveis. Creio que ela ficava o tempo inteiro maquinando, pesquisando, estudando possibilidades, mesmo as mais estaparfúdias. O kama sutra era sua bíblia e ali, para ela, já não havia novidades. Inegavelmente era uma mulher e tanto na cama. Não havia interditos e tudo, desde o mais singelo carinho inocente até a mais pura sacanagem, era motivo para o prazer.
De certa feita me chegou ela com um estranho embrulho na mão que, a julgar pelo aspecto, deduzi logo se tratar de um acessório. Quando o involucro foi desfeito me deparei com um dildo imenso, devia ter uns quarenta centímetros. Conhecendo a moça como eu já conhecia tomei um susto danado. Primeiro pensei que ela estava me chamando de pinto pequeno. Desisti logo dessa idéia, pois eu, como um bom estudante de medicina, sabia muito bem que daquele tamanho se endurecesse o cara desmaiaria, se não sucumbisse de vez e, por outro lado, eu estava acima da média nacional. Depois, para um sobressalto maior ainda, imaginei que ela estaria querendo colocar aquela tromba em mim, o que me deu calafrios de pavor.
Fui logo dizendo que no meu ninguém ia enfiar nada, nem dedinho. Imagina só, tudo tem limite. Se for prá introduzir isso aí no meu brioco, tô fora, continuei com a voz demonstrando todo meu terror ante a idéia que se me apresentava. Ela riu como uma criança sabedora de seu domínio sobre o parque.
- Nada disso, seu bobinho. Só quero ter preenchimento total. Enquanto você mete na minha xoxotinha vai enfiando isso aí no meu cuzinho, ou vice-versa. Agora, se você quiser experimentar, não terei pudor nenhum em ir colocando pedacinho por pedacinho – disse com um sorrisinho enigmático enquanto olhava fixamente o enorme utensílio, o que só aumentou meu temor.
- Que o quê... tenho um nome a zelar. Atrás de mim nem sombra. Aliás, já até brochei. Só de imaginar começo a suar frio.
- Tá vendo só? Suor é sinal de desejo.
- Olha, acho melhor você ir embora, não estou gostando nada dessa conversinha.
- Vem cá seu medroso, não vou fazer nada disso, só estou brincando para ver esse seu ar apavorado. Ainda não quero sua submissão definitiva.
Não demorou muito e nos engalfinhamos um nos braços do outro. Detalhes eu deixo para o "rei". O fato é que foi com ela que começei a perceber o corpo de uma mulher. Não a mentalidade feminina, pois essa acho que nunca conseguirei entender e já desisti de tentar há muito tempo. Creio que minha estupidez não permita sequer que eu me aproxime da sutileza feminina. Penso até que seja essa, a minha tolice, a explicação mais plausível de minhas atitudes rudes.
Suas últimas palavras, "Ainda não quero sua submissão definitiva", me perseguiram implacavelmente. Aquilo não me saia da cabeça depois daquele dia. O que ela queria dizer com isso? O melhor é não esperar para compreender e sair fora. Por via das dúvidas, mesmo consciente do que estava perdendo, acabei com a farra, pois o diabo não dorme.
Um comentário:
Mas olha QUÊ lascivo!
Mas não dá vontade de parar de ler, torna-se instigante...
E o final foi hilário...rsrs.
Isso merece uma continuação...rsrs.
B.E.I.J.O.S
Postar um comentário